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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Josh folheava inúmeras páginas de álbuns de fotos que ele tinha em sua casa. Estava sentado em sua confortável poltrona com seus pés apoiados em uma mesinha da sala sobre alguns outros álbuns. Estava frente à lareira acessa e entre um gole e outro de cappuccino ele olhava para seu gato persa que insistia em se esfregar sob suas pernas estiradas. Pegou Snowball, como o persa era chamado, e colocou-o em seu colo:

— Apenas alguns minutos e quanto tempo fará que eu estou com você, Doze anos? O tempo está voando e está praticamente abarcando nós dois na lista dos “se-preparem-para-a-velhice-rapazes”, Snowball. – o gato ronronou aflito em resposta, até parecia ter entendido o que Josh lhe falara. Josh não pôde conter o riso. — Ok Snowball, quem sabe o tempo não nos deixa depender apenas da nossa força do pensamento e sejamos eternos jovens a brincar na neve em toda noite de natal, como fazemos há doze anos. – e após mais uma ronronada o gato deslizou até o álbum aberto que Josh havia colocado sobre a mesa.

Ele nem tinha percebido em que foto parara, mas o gato roçando o focinho sobre o pequeno livreto lhe chamou a atenção. E sob os pelos do gato estava um retrato: dois jovens e um gato, um loiro, um moreno e uma pequena bola de pelos brancos em seu colo. – É, eu também sinto a falta dele. Alguns meses sem Keegan aqui parece uma eternidade, não é? É uma pena esse natal ter de ser nosso primeiro natal separados, maldita viagem de negócios. Ele prometeu que se esforçaria para vir para o réveillon, vamos confiar. – E Snowball voltou ao colo de Josh, onde se aprumou em duas voltas, se aconchegou e ali ficou. Em tantos carinhos feitos por Josh no gato, ambos adormeceram frente à lareira.

Josh acordou com o seu celular tocando, era uma mensagem: “Realmente está frio aqui fora, eu agradeceria se abrisse a porta”. Ele não podia acreditar no que estava lendo, era mesmo uma mensagem de Keegan! A felicidade era tamanha que ele não conseguiu chegar à porta sem que esbarrasse na pequena mesa e derrubasse um restante de cappuccino e em seguida topasse o pé no sofá que ficava ante a porta.

— Eu não consigo acreditar. — Abriu a porta, puxou o loiro para dentro e lhe envolveu em um grande e apertado abraço – Você disse que viria para o réveillon que nem criei alguma expectativa para o natal, Keegan! – Disse e fechou a porta. Limpou a neve que cobria os cabelos de seu namorado e alternava com carinhos em seu rosto.

— E eu conseguiria ficar um natal sequer longe do meu gato? — e deu algumas mordiscadas no pescoço de Josh entre os beijos na boca.

— Sabia que era pelo Snowball!

— Bem lembrado, o grande Snowball pode ouvir. Eu não conseguiria ficar um natal sequer longe dos meus dois gatos! – puxou Josh para si novamente após a pequena recuada do moreno e continuou com as mordiscadas no pescoço do menor que ria satisfeito.

Ambos que ainda estavam ante a porta se dirigiram para o grande sofá que no momento estava atrás da poltrona frente à lareira e se jogaram. Não demorou e Snowball se deu conta da presença de Keegan e em dois saltos estava da poltrona para o colo do maior, onde recebeu carinhos dos dois homens.

— Eu senti saudades de você.

— Tamanha era a minha saudade que eu não consegui esperar até o réveillon para lhe trazer um presente que guardei para você da Austrália. — E do bolso interno de seu sobretudo, Keegan retirou um pequeno embrulho.

— Feliz Natal, meu amor.

— Oooh Kee, mas não...

— Diga que não precisava e eu lhe cubro de neve nesse exato momento!

— Não seria uma boa idéia e... Keegan, você trouxe uma bola para nossa árvore de natal? Que lindo! Apesar de que essa bola vermelha se parece muito com uma que estava na árvore lá fora e que por um acaso também está arranhada pelo Snowball...

— Bobinho, a bola é da árvore de natal que está lá fora! – e após uma imensa gargalhada, Keegan pede para que Josh abra a bola, que entre risos foi aberta pelo menor.

Um silêncio se fez presente na sala e a única coisa que era possível ouvir era o som de Snowball lambendo a caneca de cappuccino que havia sido derramado no chão por um desastrado Josh, que no momento estava de cabeça baixa com uma bola vermelha de árvore de natal aberta em seu colo.

Josh olhou diretamente nos olhos de Keegan e com algumas lágrimas que não se reprimiram em escorrer começou a falar:

— Isso significa o que eu estou pensando que significa? – e um soluço escapou.

— Depende. Se você acha que isso significa um pedido de casamento... É, você não estaria errado. – e vendo Josh sorrindo boquiaberto continuou após se locomover do sofá para o chão, de joelhos – Josh Portwood, você aceita se casar comigo?

Josh olhava para a aliança de ouro branco que estava dentro de uma caixinha preta dentro da bola vermelha e não continha o sorriso estampado no rosto. Levantou-se levantando Keegan junto de si e com a mão vazia segurou a mão do mesmo. Este também já não continha algumas lágrimas.

— Se isso significa estar com você todos os dias da minha vida até que a morte nos separe, é tudo o que eu mais quero nessa vida, Keegan. – E um forte beijo se iniciou entre os dois, começado por Josh e correspondido pelo seu, agora, noivo. – Feliz Natal para nós, meu amor.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011
— Eu não vou pra festa alguma com você e seus novos amigos e ponto! - Josh usou de um tom de voz com Keegan que não era deu seu praxe usar. – Você sabe muito bem que eu não gosto de ninguém daquela sua turminha da faculdade e ainda insiste em me chamar para sair com vocês em uma festa. Quer ir? Ótimo, divirta-se sem mim, mas depois fará sem mim o que você gosta de fazer pós-festas! – Josh exaltou sem tirar os olhos azuis dos olhos verdes de Keegan.

— Josh, pare de ser infantil e entenda que eu não quero ir a essa festa sem você, e...

— Não quer ficar na festa sem mim, mas insiste em me chamar mesmo após eu ter dito não e explicado os motivos para você milhões de vezes.

— Desculpe se eu faço questão da sua companhia quando eu quero sair pra me divertir no nosso sábado. Mas está tudo bem. Quer ficar? Fique. Eu vou! – Keegan colocou sua jaqueta preta de couro por cima de sua camiseta xadrez em tons que mesclavam dois azuis, um claro e um escuro, e verificou seus sapatos pretos. Olhou para um vaso que estava em cima da lareira da casa de Josh e viu seu reflexo, e foi por ali que ele deu uma pequena penteada em seu cabelo louro e passou a mão no rosto que estava com a barba por fazer, e fitando Josh pelo reflexo viu que o pequeno o encarava perplexo pela sua aparente indiferença. Keegan se virou e deu um beijo no rosto de Josh antes que ele percebesse que ele o faria e saiu de sua casa deixando o moreno irritado.

Josh se jogou no sofá e cruzou os braços, fazendo bico. Frente à televisão desligada ficou pensando como Keegan poderia ter feito isso com ele. Era o sábado deles e de mais ninguém, essa era a essência do “nosso sábado”: um dia para os dois, sozinhos. Um remorso causou um frio na barriga de Josh que quase o fez ir atrás de seu namorado e não largar do braço dele nem por um minuto sequer na tal festa dos amigos da faculdade de Keegan, mas um orgulho que nem Josh soube de onde veio o fez desviar o caminho.“Keegan não quis ir sozinho? Que seja feita a sua vontade. E quanto a minha vontade, que a noite me mostre qual é!” – e foi com pensamentos desse tipo que Josh foi parar em frente a Open Deck.

A Open Deck era uma das novas boates de New York e logo nos primeiros dias já havia atraído uma grande quantidade de freqüentadores badalados e até algumas celebridades. O estabelecimento era grande e bonito, e um letreiro em fontes esteticamente desenhadas e coloridas estava acima da entrada exibindo o nome da boate. No primeiro andar, várias mesas de madeiras por todo o piso estavam lotadas de casais, tanto homossexuais quanto heterossexuais; esse era o bar. Nas paredes, alguns discos de vinis e suas capas davam um tom elegante ao lugar, inclusive sua proposital baixa iluminação. O segundo andar era o piso da balada e lá um DJ em alto e bom som estava fazendo a festa de todos que ali estavam.

Josh adentrou a Open Deck e logo foi notado por grande parte das pessoas presentes a entrada no local que lhe olhavam dos pés à cabeça. Ele calçava um par tênis All Star, uma calça jeans preta, uma camiseta baby look da mesma cor e uma jaqueta jeans azul. Cruzou os braços demonstrando seu receio e passou por algumas pessoas até achar uma mesa vazia e se sentar. Alguns segundos e o barman chegou a sua mesa:

— Olá, deseja alguma coisa?

— Apenas um refrigerante, por favor. – e segundos depois ali estava Josh com a sua Coca-Cola.

Algumas mesas a sua frente havia duas pessoas conversando o que lhe parecia ser sobre si próprio. Uma mulher de longos e louros cabelos soltos, batom e vestido curto, decotado e agarrado, ambos vermelhos fortes e sapato de salto alto, e um homem de cabelo curto, arrepiado e prateado, com uma camiseta social de cor rosa com detalhes repicados e uma calça preta, também social, alternavam olhares com Josh. Em alguns momentos a bela mulher cerrava os olhos e olhava o pequeno moreno sem parar, fazendo com que seu rosto de pele branca ficasse levemente corado. Foi quando a mulher levantou-se deixando o rapaz de cabelo prateado sozinho na mesa e foi até Josh:

— Está sozinho, rapaz?

— Si... sim. Tecnicamente. – Josh gaguejou ao ver a mulher apoiar as mãos sobre sua mesa e praticamente lhe exibir os fartos seios que quase lhe escapavam o decote.

— Hum... Não gostaria de me fazer companhia jovem...?

— Portwood. Josh Portwood, muito prazer.

— O prazer é todo meu, Josh. Sou Sarah Spencer e quero apenas alguém para conversar, passar o tempo de tédio nesse bar. Nada de mais. – Disse e acenou com a cabeça para a sua mesa, ao que Josh olhou e viu que o rapaz de social e cabelo prateado não estava mais ali presente.

— Não vejo problema algum, eu acho. Vamos.

Ambos se sentaram a mesa em que Sarah estava sentada e ficaram um tempo em silêncio até que Sarah chama o mesmo barman que havia servido refrigerante para Josh e pede duas doses de whisky com energético, ao que Josh se pronuncia em vão tentando negar a bebida, já que o barman já havia saído e já estava voltando com as doses pedida por Sarah.

— Obrigada Sarah, eu não consumo bebida alcoólica, obrigado.

— Ora Josh, é apenas whisky com energético, e está fraca até. É uma delícia, experimente!

Josh experimentou a dose e realmente era deliciosa. Não estava forte, nem fraca. Para ele parecia estar no ponto ideal... Tão ideal a ponto de pedir mais algumas doses logo depois dessa primeira.

Em meio a várias doses de whisky com energético e assuntos aleatórios como gostos musicais, filmes e livros, Sarah convida Josh a ir para o segundo andar da Open Deck, onde o DJ estava tocando muita música eletrônica para centenas de pessoas. Josh aceita o convite e sobre as escadas rumo a tal piso e se depara com uma imensa porta preta, ao que Sarah a abre e puxa Josh balada adentro.

O lugar estava lotado e mal dava para se movimentar, o que tornava inevitável o esbarro em várias pessoas. As luzes de neon e raios lasers de efeito estavam estonteando Josh por conta da grande quantidade de whisky com energético que ele havia consumido. Josh fecha os olhos e começa a dançar no ritmo da música e toda a batida envolvente dos remixes feitos pelo DJ, ao que Josh até se esquece de que estava com Sarah ali. Quando o mesmo abre os olhos, de longe consegue enxergar o mesmo rapaz que estava no bar ao lado de Sarah lhe encarando novamente, o de cabelo prateado. Ele se lembra de que havia se esquecido de perguntar sobre o intrigante rapaz e quando pensou em virar-se para falar com Sarah, viu que a mesma já não estava mais ali. Josh continuou dançando e não queria mais parar, porém lhe incomodava ver aquele desconhecido dançando sensualmente lhe encarando sem parar. Em um dos segundos que Josh parava para olhar o estranho e via que ele continuava fitando-o fixamente, ele viu o rapaz saindo de onde estava dançando e vindo em sua direção.

— Olá Josh, tudo bem com você? – gritou o rapaz para Josh, ao que pareceu que ele havia lhe sussurrado o comprimento, pois não conseguira ouvir praticamente nada do que ele havia dito, tal por conta do alto volume das músicas que tocavam.

— Oi... sim, eu... eu estou ótimo! - Josh ficou estático por alguns segundos apenas olhando os detalhes faciais do moço e claro, seu cabelo diferenciado. — Como você sabe meu nome?

— Uma amiga me disse.

— Sarah?

— Ela mesma. Sou Alyson Stone e achei você muito bonito, gostaria de conversar a sós com você! - e Keegan veio à cabeça de Josh imediatamente.

Onde estaria seu namorado, com quem e o que estaria fazendo nesse momento? Seu coração apertou, sua visão ofuscou e suas pernas estremeceram. Cairia se Alyson não o tivesse segurando em seus braços e puxando-o para perto de si quase selando seus lábios ao de Josh.

— Me dê licença, eu tenho namorado! – E Josh se soltou dos fortes braços de Alyson e foi em direção á grande porta preta que dava para a escada que levava ao bar.

Alyson seguiu Josh até o lado de fora da Open Deck, onde seguiu se escorando pelas paredes do estabelecimento pela dificuldade de andar. Sua visão estava embaçada e uma neblina parecia ofuscar o seu caminho. Mas ele não parou e continuou andando...

— Josh, me espere. Não vá embora agora, nós nem conversamos direito. Fique! – Alyson segurou Josh de modo brusco, o que fez com que ele ficasse extremamente irritado com o rapaz e alterasse a voz com ele.

— Por favor, me large. Não percebe que não quero nada com você? Eu nem te conheço, e mesmo que conhecesse não faria nada com você. Eu tenho namorado, já disse!

Josh atropelava algumas palavras quando falava, mas estava convicto de que estava sendo compreendido. E estava sendo compreendido, mas para Alyson isso não fazia diferença alguma tanto é que ele calou Josh lhe forçando um beijo. Josh se debatia e tentava gritar, porém não era ouvido por ninguém por já estar a uma boa distância do Open Deck e as poucas pessoas que passavam ali por perto se faziam de indiferentes ao ocorrido.

Josh conseguiu se soltar dos fortes braços de Alyson e em pânico começou a correr o mais forte que pôde. Esbarrava em algumas pessoas e olhava para trás, vendo um vulto que mesclava o rosa com o prateado correndo atrás de si.

Foi quando Josh viu a alguns metros de si outro vulto. Viu azuis se misturando com o preto e quis pedir socorro. Tentou gritar mas a voz não saiu. Viu a imagem de um rapaz andando pela rua se formando em sua frente. Ele estava carregando uma jaqueta de couro com a mão direita mantendo-a apoiada de um lado das costas e tinha a mão esquerda no bolso da calça. Tinha os ombros pouco largos, e uma costa definida. Era o que Josh conseguiu ver antes de tropeçar e cair, fazendo sua mãe encostar no indivíduo que já estava na sua frente.

— Muito bem, finalmente não deu mais conta de correr de mim, não é? – Alyson tinha um tom de voz maligno e sua expressão facial era medonha de uma forma que fez Josh se encolher no chão e fechar os olhos quando viu que o punho do rapaz estava vindo em direção à sua face.

Um silêncio se fez após o som de um forte punho em choque com algo. Josh arriscou abrir os olhos e viu Alyson ao chão. Estava com a mão na boca, a mesma estava sangrando. Um pavor começou a lhe tomar o interior quando sentiu fortes braços lhe levantando devagar...

— Josh, você está bem? O que aconteceu? Quem é esse cara?

— Keegan! Você. – E Josh praticamente pulou em Keegan. Apertou o loiro fortemente como se pudesse abraçar o mundo inteiro de uma só vez. Não queria mais largar, estava conseguindo fazer todo aquele pânico se dissipar e ser substituído por uma paz interior indescritivelmente grande. – Meu amor, é tão bom poder te ver de novo. Por favor, me abrace. Não deixe ele me pegar, não deixe! – disse com a voz embargada e um hálito que exalava bebida alcoólica.

— Está tudo bem meu amor, está tudo bem. Não deixarei que lhe façam mal, não deixarei. – Keegan moveu a cabeça um pouco para o lado direito na tentativa te ver Alyson ainda caído no chão e quem sabe voltar a socar a cara daquele que havia deixado Josh nesse estado, porém não o viu. Ao longe era possível vê-lo correndo e virando uma rua qualquer. – Ele se foi embora, Josh. Já está tudo bem.

Ambos ficaram abraçados por mais alguns minutos e quando se soltaram, deram um carinhoso beijo um no outro. Era um beijo doce que aumentava de ritmo e diminuía calmamente. Alguns segundos para uma troca de olhares foram o suficiente para representar pedidos de desculpas e perdões aceitos de ambos os lados.

— Eu fiz errado de ter deixado você ir sozinho à aquela festa, e não deveria ter ficado com raiva e ter ido para aquela maldita balada. Por favor, me perdoe.

— Eu quem peço o seu perdão, eu não deveria ter acabado com o nosso sábado assim para ficar do lado de fora daquela maldita festa.

— Como assim do lado de fora, você não entrou?

— Em momento algum. Eu fiquei com a cabeça o tempo todo pensando em você e não quis entrar mesmo que meus colegas insistissem para que eu participasse da festa. Aí eu decidi ir embora e... Bom, nos encontramos.

— E eu bêbado correndo de um psicopata sexual esbarrei em você, eu sei.

— Para, vai. Ele te machucou, fez alguma coisa com você?

— Eu estou bem, graças a Deus. E graças a você, claro... Por ter aparecido no meu caminho mais uma vez, por termos nos esbarrado mais uma vez quando tudo parecia estar ruim para mim. Eu só tenho a te agradecer.

— Josh Portwood, eu amo você! – e com um longo, quente e delicado beijo Josh correspondeu às reais e sinceras palavras de Keegan.

— Eu amo você, Keegan Shedler, meu herói!

sábado, 15 de outubro de 2011


“Acordei com ele me dizendo que queria levaria-me a um lugar especial para ele e que eu iria adorar depois que conhecesse...”

Keegan estava velando o sono do pequeno ao seu lado. Prestava detida atenção em cada movimento que Josh fazia,quer fosse com o peito se elevando ao respirar, quer fosse os pequenos movimentos que ele fazia com os labios sorrindo. Com o que ou quem ele estaria sonhando naquele momento fazia parte das mil e uma coisas que passavam na cabeça de Keegan, inclusive uma pequena preocupação em saber se era com ele que ele sonhava. Talvez fosse uma ponta de cíumes que fazia com que ele focasse seus pensamentos no sonho do menor. Faria bem pra ele saber que ele povoava o consciente do moreno mesmo com ele dormindo. Isso lhe trazia uma certa paz que lhe tranquilizava de uma maneira tão estonteante que chegava a assusta-lo. Mas ele sabia que estava bem daquele jeito, e naquele momento tudo estava bem, realmente, e era isso o que importava para ele. Josh dormia tranquilamentena cama de Keegan faziam algumas horas mas que para Keegan eram uma eternidade, já que ele não conseguira dormir a noite inteira. Tudo parecia incrívelmente bem para os dois porém o estadunidense sabia que muitos obstáculos estariam frente aos dois e não sabia se o brasileiro teria estabilidade psicológica para enfrentar tudo o que estava para vir. O que ele sabia mesmo é que estava determidado e ficar do seu lado acontecesse o que fosse para ambos enfrentarem juntos seja o que fosse. E foi nesse momento que Josh acordou e teve a melhor visão que ele poderia ter na face da terra. Para ele não tinha coisa melhor do que acordar e ver Keegan ali ao seu lado.

—Acordou, bebê?
— Talvez eu ainda esteja sonhando, está difícil decidir qual estava melhor já que ambos eu estava com você...

Keegan sorriu automaticamente. Como era gratificante para ele saber que fazia parte até dos sonhos de Josh. Isso lhe transmitia uma certa segurança que ele não sabia ao certo de onde vinha, apenas sabia que isso lhe fazia bem. E sua forma de retribuir foi com um beijo de ‘bom dia’ em Josh.

— Nessa manhã eu gostaria de te levar a um lugar muito especial para mim...
— Hum, e que lugar seria esse?
— Prefiro que você mesmo descubra. Acredito que vá gostar.
— E como você sabe que eu irei gostar.
— Por que eu gosto de lá.
— E como você sabe que eu vou gostar só porque você gosta de lá?
— Porque eu tenho um bom gosto?
— Não acha que pode se enganar?
— Não, porque eu já acertei ao escolher você...
Agora foi a vez de Josh retribuir as belas palavras de Keegan com um beijo.
— Então para onde você vai me levar?
— Venha comigo...

Josh e Keegan se levantaram da cama ainda um pouco sonolentos. Enquanto Keegan abria as janelas do quarto e deixando apenas as vidraças fechadas, Josh vestia suas roupas que estavam esparramadas pelo chão junto das roupas do maior. Ambos estavam vestidos com uma camiseta branca do tipo regata, e bermudas. Josh com uma bermuda marrom e Keegan com uma bermuda azul do tipo Jeans. Os dois sairam da casa dos Shedler e seguiram rua à frente. Era outono e com isso as ruas estavam cheias de folhas que caiam das árvores das casas do bairro. A manhã estava sobre uma atmosfera fresca, uma brisa deliciosa foi refrescando a face dos dois garotos que andavam depreocupados pelas ruas cercadas de casas padrozinadamente elegantes, o que causava um contraste impactante com os bairros ainda mais movimentados da grande Manhattan cheias de pessoas apressadas e preocupadas em não chegarem atrasadas em seus empregos. Keegan conduziu Josh em direção à Hudson River Greenway e lá o levou a um Pier afastado dos outros que tinham ali, inclusive o Pier 83 que estava com a maior movimentação naquela manhã. Era um piér pequeno reservado à alguns pescadores de portes pequenos que saiam para trabalhar assim que amanhecia.

— Chegamos. É aqui que eu queria trazer você, mas continue andando... é ainda mais à frente que eu quero ir.
Josh ouviu o loiro e apenas o seguiu em silêncio. Assim que pisaram no piér, ele deu uma leve chacoalhada, fazendo com que Josh desse uma pequena recuada. Mas deu um passo à frente quando segurou na mão de Keegan que havia sido extendida para ele. Chegaram juntos até quase o final do piér, e foi ali na beirada do mesmo que Keegan se sentou e ficou olhando a sua frente, sem dizer uma palavra sequer. Josh se sentou ao seu lado e encontou sua mão direita à mão esquerda de Keegan, seguiu seu olhar que estava fixo em algumas gaivotas que sobrevoavam aquele espaço e disse:
— É tão gostoso esse lugar, tão calmo... tão tranquilo.
— Antes de termos começado a namorar, eu costumava vir muitas vezes nesse piér para pensar em nós dois. Às vezes quando sequer trocávamos algumas palavras na escola, nas vezes em que eu via você me olhando e nas vezes eu que eu não ficava um minuto sequer sem pensar em você, era para esse piér que eu vinha. E aqui eu me sentada e ficava refletindo sobre a vida e imaginando um possível futuro para nós dois. E é por isso que eu trouxe você aqui, para lhe dizer que eu ainda penso nesse nosso futuro juntos, e que se for para refletir sobre esse possível futuro, que seja no meu lugar de reflexão junto da pessoa responsável pelas minhas reflexões.

Josh e Keegan ainda estavam olhando fixamente para as gaivotas, até que Josh virou-se e deitou sobre o colo de Keegan, desviando assim a atenção para si.

— É o que eu mais quero na minha vida: ter um futuro ao seu lado, Kee. Poder construir uma vida, um lar... uma história inteira com você. Quero que sejamos como essas gaivotas que estão sendo testemunhas da nossa conversa, quero que sejamos livres para podermos voar para onde nós quisermos, só você e eu. Eu te amo, Keegan Shedler e é com você que eu quero viver pelo resto da minha vida.
— Josh, eu te amo tanto... tenho tanto medo de perder você.
— Você não vai me perder. Eu prometo.
— Vamo fazer de tudo para ficarmos juntos...
— E iremos. E juntos vamos superar qualquer medo, qualquer barreira.
— Eu te amo, bebê.

Josh levantou sua mão esquerda até a nuca de Keegan e o aproximou para perto de si. Uma pequena troca de olhares seguida de um beijo caloroso foram o suficiente para dar a certeza de que keegan precisava: ele tinha Josh por completo. Ele era todo seu e de ninguém mais. Aquele amor era recíproco e Keegan agora estava com essa certeza mais do que nunca, e isso foi o bastante para eles.

Fim. ~
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Eu tentei, eu juro que eu tentei gostar do Tumblr, mas não dá. Aquilo não me desce nem acompanhado de uma cervejinha gelada. Então, cá estou eu fazendo o que eu faria nesse tumblr: usar tal espaço para postar minhas inspirações, idéias, ilustrações, brainstorming’s, fanfic’s, enfim… coisas relacionadas a fic que eu não estarei postando no meu blog pessoal (www.maisqueindelevel.com). Eu já fiz algumas coisas relacionadas por lá, mas organizar cada coisa em seu lugar funciona melhor. Bom, é isso aê. C'mon! ;D


ps: só pra constar, as mesmas coisas que eu postar aqui, estarei postando no tumblr também, mas só porque ele é um pouquinho legalzinho, pra não deixa-lo abandonado e porque ele é mais um meio de divulgação,apenas.

ps²:  eu já tenho data marcada e uma página para a publicação da Searching The Love na internet.

A data para a estréia da Searching The Love é 11/11/11 e a página da história é searchingthelove.blogspot.com



Não percam!

E uma exclusividade para esse blog tá, e o tumblr: antes da história estreiar no site oficial, eu estarei postando alguns rascunhos, capítulos avulsos, histórias paralelas e alguns trechos da Searching The Love. Brevemente elas estarão na página oficial, mas sem previsão ainda.